Mulher de Nova Russas e seu companheiro, vivem em cabana improvisada ao lado do cemitério de Ipu
Na quarta-feira (22/01), uma situação de extrema vulnerabilidade social foi registrada em Ipu, município do interior do Ceará.
Um casal está vivendo embaixo de um juazeiro, árvore típica do semiárido brasileiro, em uma cabana improvisada encostada no muro do cemitério da cidade.
A moradia foi inicialmente construída com papelões, mas não resistiu às chuvas recentes. Posteriormente, o casal recebeu uma lona de um transeunte, que agora serve de cobertura para a precária habitação.
Antônio, natural de Ipu, e Valeandra, de alcunha “Xuxa”, oriunda de Nova Russas, decidiram se mudar para Ipu após cederem sua casa em Nova Russas ao filho mais velho, que se casou e foi morar com eles.
Sem conseguir uma moradia adequada na cidade de Ipu, o casal encontrou abrigo sob a sombra do juazeiro, uma das poucas alternativas disponíveis para se protegerem das intempéries.
Antônio, que em Nova Russas trabalhava como matador de gado, atualmente sobrevive como catador de materiais recicláveis e com doações feitas por moradores locais.
A situação chamou a atenção de uma agente de saúde, que visitou o local e se comprometeu a buscar uma solução, prometendo intermediar a obtenção de uma moradia digna e um trabalho para Antônio.
O caso mostra a urgência de políticas públicas voltadas para o atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente em regiões do semiárido, onde as condições climáticas e a falta de oportunidades agravam ainda mais a precariedade de vida.
Com informações do repórter Francisco José